quinta-feira, outubro 15, 2009

Ventilador de piroca.

A vida é uma coisa engraçada. Às vezes não dá vontade de rir, mas pra alguém deve estar sendo engraçado. Seria um desperdício e tanto se não o fosse. Tem um contato meu no MSN que usa uma frase imbecil do tipo "uma perda nunca é uma perda, é só uma mudança". Por que se chama PERDA, então? Porra. Vai falar isso pra alguém que perdeu algo.

Este blog não é um diário, longe disso, até porque eu minto muito aqui. Qual o sentido de mentir pro seu próprio diário? Aliás, pra que se precisa de um diário? Se bem que seria interessante ter um, do jeito que minha memória se apaga numa velocidade assustadora. Seria interessante. Já tentei uma vez, confesso, mas sempre esquecia de escrever. Já tentei depois de grande mesmo. Não, não sou gay. Só não tinha muito o que fazer.

A verdade é que creio em karma. Ou seja, você faz besteira e a merda um dia te pega, na curva. A vida cobra dividendos. Enfim, essas baboseiras. Mas a gente bem que podia pagar nossas dívidas com o destino de uma forma parcelada e não tudo de uma vez. Claro que não vou falar pelo que estou passando. Também não é tão desesperador, como algo com saúde, mas é "parada chata, das antiga", como diria nosso amigo que se trasnforma em cobra. Nem chega a ser desesperador, na verdade. Sei que está um pouco tarde demais pra dizer que vida de adulto é complicada... e talvez cedo demais pra crise da meia idade. Não sei como se chama isso aos 26.

Tinha até fechado o post, mas fiquei pensando sobre essa rotina de acordar cedo e ir pra principal avenida da cidade, ficar cheirando fuligem de ônibus velho, chegar no trabalho, fingir que estou fazendo algo, me irritar quando tenho algo pra fazer, me entediar se não tem nada pra fazer, sequer um flerte, sequer uma briga, Jesus, nada. Daí que dá uma certa hora e a gente volta pras nossas casas. Isso me lembra muito cumrpimento de pena em regime semi aberto. Digo, lembraria se eu já tivesse sido preso. Não, ainda não.

A gente cai numa senda infinita, numa inércia que parece a cada dia mais difícil de quebrar. Isso deveria ser recompensado com sexo selvagem e livre, se não nesta vida, na próxima, a gosto.

Meu amigo Thom Yorke, está me dizendo no fone "this is fucked up,  fucked up" em Black Swan / The Eraser.


Nem to reclamando, nem nada. É só que às vezes parece que abriram um saco de picas na frente do ventilador e todas elas vêm voando e rodando e você tem que se esquivar, senão vem tudo na tua cara. É perigoso!

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