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terça-feira, setembro 29, 2009

Ismael Machado mete ficha. E eu também.

Sobre a matéria de Ismael Machado, o autor do livro Decibéis sob Mangueiras, colunista do Diário do Pará, uma das vozes mais eloqüentes e que mais tem a capacidade de falar com propriedade sobre o rock paraense; jurado nas seletivas Se Rasgum 09', e jurado de morte também por algumas bandas que foram alvo de sua sinceridade, que muito admiro, mas que muitos não.

Desta vez, Ismael aplaude o show do Mukeka di Rato, no último sábado, em contraponto à vexatória apresentação de Titãs & Paralamas, na sexta anterior. Gostaria de ressaltar que o jornalista em questão não tem nem o mínimo motivo pra querer levantar a bandeira da música independente, nessa guerra fria que vivemos contra o zumbi que são estas bandas dos anos 80, que, desculpe a expressão da palavra, não fodem e nem saem de cima.

Confira a matéria no Diário do Pará aqui. Ele ainda cita o vexame de uma pagodeira gigantesca que protagonizou uma das cenas mais bizarras em um palco, arrancando o batera da banda All Still Burn no meio do show e dando piti.

Aproveito também pra dizer que sou muito fã de Paralamas do Sucesso, dos que têm todos os discos ( me falta apenas um, na verdade ), mas de que me adianta um amor pela metade, se esta banda mais manca do que outra coisa? Eu gostava mesmo era dos álbuns obscuros do início dos anos 90, ou até mesmo o Nove Luas e o Hey Nana, que mostram a competência em misturar tudo que é brasileiro e fazer um bom disco, como se vira em Selvagem, BigBang ou Bora Bora. Paralamas é uma banda incrível, mas há uns 3 discos já deixa muito a desejar.

Já os Titãs, deveriam ter parado no Volume II, que já era uma forçação de barra em cima do acústico. TUDO o que se seguiu àquilo, definitivamente não presta pra absolutamente nada. Não chega nem perto de lembrar as erupções criativas do Cabeça Dinossauro, Titanomaquia, Tudo ao mesmo tempo agora ou do Õ Blesq Blom. E talvez o Domingo (discografia aqui). Aliás, tem uma coisa boa lançada pelos Titãs recentemente: o doc sobre a banda. Vale muito a pena ver.



Não é que o cara tenha que parar de fazer música depois que envelhece. Tudo bem que, quando você tem 20 e poucos hits nas costas, dificilmente o grande público, que eu considero imbecil, não liga pras músicas novas, não está nem aí pro que você tem de novo pra mostrar. Nem público, nem Tv, nem rádio. Já viram quando vai um artista no Faustão? Como ele faz? Toca primeiro um hit antigo e bem famoso, pras pessoas saberem quem ele é e se acostumarem com a falsa idéia de que sabem tudo sobre música, e então o artista lá toca uma nova. E vem a legenda pro animal acompanhar e cantar junto. Assim que rola a hipnose.

Chega desse revival chato e infinito dos anos 80! Chega!

E olha que eu nem falei de uma banda que se sujeita a ter o nome de Bikini Cavadão e tocar cover de tudo que é 80's pra não passar fome.