sábado, janeiro 30, 2010

Web Rádio IdB e programa Independentes do Brasil

Há alguns posts devo ter comentado sobre minha entrada para a equipe do Independentes do Brasil. Sempre achei interessante a iniciativa deles, só não entendia muito bem o que era, se um site, um blog, um programa de web rádio, um canal de vídeos no youtube, enfim, ações que abraçam muitas coisas. Acho que ainda hoje rola uma indefinição. Adicionou-se a esta multiplicidade de significados para o nome Independentes do Brasil, a própria web rádio em que o programa funciona. Explico a seguir.

Raul Bentes e Andrey Ledo há algum tempo têm se dedicado a construir um bom lastro de conteúdo sob a sigla IdB. Não à toa há mais de 450 vídeos no canal do Youtube, incluindo shows de bandas como Radiohead, Muse, Coldplay, entre outras, como diversas bandas paraenses, que o próprio Andrey filmou. Cobriram alguns eventos, como o FSM 09 e transmitiram ao vivo a Semana de Desenvolvimento da Música Paraense, entre outras presepadas.

Como se pode observar, tanto o site quanto o blog estão desatualizados. Ocorre que estamos aguardando a liberação do novo layout para trabalharmos melhor a sua divulgação. Diz a lenda, que o web designer é mais grosso que mão de pedreiro e insiste que seu evidente mau gosto é essencial para o sucesso do projeto - já até ameaçou largar tudo, se não fosse do se jeito. Imagina se eu ia me sentir confortável sendo representado por um banner com um logotipo que lembra esse visual de "Malhação" e o conceito que as pessoas medíocres têm de "rock" e juventude, liberdade, essas coisas. Nossa...

Bom, atropelos à parte, o Independentes do Brasil, que é um programa de Web Rádio, terá um site com cadastro para bandas, agenda, matérias sobre música e produção independente, agora também é uma Web Rádio. Ou melhor, agora temos a Rádio IdB, em que funciona o programa Independentes do Brasil. Por isso, toda vez (ou pelo menos esse é o plano) em que você entrar no nosso site, vai ter música rolando. E o foco é música independente.

Ante o exposto, sugiro que você, garoto, garota, que tem uma banda e que quer que ela fique rolando dentro dos programas ou no looping de músicas entre eles, é só mandar para independentesdobrasil@hotmail.com .

***

Falando em programa, também vou ter o meu, só meu. Ainda não foi definido o horário, mas pelo menos o estilo do programa já tenho bem desenhado, com muita música legal e principalmente muita bobagem non sense. Talvez o nome seja Didi + 1. Não me parece tão ruim, mesmo que não seja genial. Quem tiver alguma sugestão melhor, estou aceitando. Ah, aceito também (e muito, na verdade) músicas boas de bandas independentes pelo diegofadul@gmail.com .

terça-feira, janeiro 26, 2010

Ações imaginárias de um gordo preguiçoso.

Agora há pouco devo ter jogado fora mais alguns 30 minutos de minha vida me dedicando a ouvir parte da fala de algumas pessoas no Seminário de Desenvolvimento da Música Paraense. Como disse, foram 30 minutos, não o seminário inteiro, evidentemente.

Ouvi um trecho que me causou profundo horror, algo falando sobre a culpa da Rede Globo e do capitalismo, além da perseguição e opressão que os meios comerciais impõem contra negros, índios e descendentes destes, além da exclusão sócio-cultural e alijamento a que estão destinados os povos e suas produções que não se encontram no eixo centro-sul do Brasil.

Charfurdando na minha preguiça, do alto da minha boa educação de classe média - cravada no meio, nem alta, nem baixa - aproveitando a chuva invernal da metrópole da Amazônia, que invade a minha casinha, vivendo minha vidinha, meu carguinho público, eu me vejo na obrigação de discordar das ações a que este tipo de dicussão pode levar. Digo, tenho receio do tipo de conclusão que se pode tirar de uma fala tão genérica.

Imagino que o seminário seja para achar soluções para o escoamento e distribuição do "produto" artístico paraense. Questiono aqui, inocente que sou, o quanto de blá blá blá vai ser preciso pras pessoas agirem de verdade e largarem de lado os bilhões de caracteres, que eu nem consigo mais ler, juro que te juro, em atas e emails  que me vazam sob juras de segredo a respeito de valores astronômicos liberados por esta ou aquela entidade para este ou aquele grupo. Ou grupelho.

O que as pessoas querem? Dinheiro público? Articulação organizacional? Querem realmente trabalhar? Querem vingança? Ouvi quase meia hora de acusações aos donos dos meios de produção e lamúrias sobre o quanto nada dá certo aqui. E se continuarmos reclamando, só reclamando, nada dará.

Vê o exemplo dos guris do Megafônica. Formado em sua maioria por membros de bandas, que não têm lá grandes especialidades, mas estão se virando, aprendendo, desenvolvendo, dando a cara pra bater, fazendo eventos pequenos e grandes movimentos de articulação, construindo um nome, fomentando público. Que será do coletivo no fim de 2010? Uma puta referência dentro da cidade! - asseguro que lá fora já se engrandece o nome do grupo. Ouvi muitos elogios a eles. Igualmente se pode falar de outros, como o Durango, que tem uma política comercial segundo eles mesmos, mas que quer andar de mãos dadas com as bandas que julgam ser de qualidade do meio independente. Além do Radio Trash, que tem um outro âmbito de atuação; a própria Se Rasgum, numa outra direção; e outros tantos coletivos. Belém até parece aquele capítulo dos livros de português, tão cheia de coletivos que está.

Sinceramente, não acho que Belém seja um pólo de produção cultural atrasado. Estamos a nosso tempo. Vivemos em um país em desenvolvimento, numa região em desenvolvimento, numa cidade em desenvolvimento. Morei na periferia de Belém por 22 anos e não tem como não dizer que a cidade é nivelada por baixo em educação e oportunidades em qualquer seara profissional, seja na música, teatro, esporte, educação e todos os demais.

Se queremos realmente mudar isso, mpbistas, regionalistas, rockstars de fim de semana, vamos trabalhar. Juntos ou sozinhos, ninguém precisa ser melhor amigo ou inimigo declarado para ser mais ou menos ético. Todos temos um interesse em comum. Não existe uma competição, não existe disputa neste mercado de trabalho que é a música independente.

Dá um ligão, marca uma conversa, mini reunião. Seriedade e compromisso são essenciais, mas formalidade demais, pompa demais, isso realmente muda a história? Quando a gente enfeita demais o bolo, égua, perde o tesão de comer.

Desculpa se abusei da minha ignorância ou se pareci saber muito sobre o que estou falando. Falo aqui mais como amante da música, como público, como um jovem adulto que fica feliz demais quando vê uma banda legal tendo o merecido reconhecimento, do que como agente desta cena.

E eu realmente acredito no trabalho braçal. Ou pelo menos acho mais divertido.

Grande abraço,
Sigo engordando com uma bolacha que ainda não identifiquei o sabor e ouvindo Cat Power.

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Muito bom lá no Sem Censura!



Agradecemos o convite da produção do Sem Censura. Foi muito divertido, além de ser sempre bom ser bem tratado assim. Valeu!

Obrigado a quem tuitou também durante o programa, sobre a nossa participação.

Valeu pela força de sempre, Camillo!

terça-feira, janeiro 19, 2010

Blog super legal.

Os frequentadores mais assíduos deste blog devem ter percebido que ou os assuntos estão desinteressantes, ou não desenvolvo muito as coisas que digo.

Como disse há dois posts, ando sobrecarregado no trabalho, o que é bem chato, já que a maioria dos posts faço lá. Aqui em casa é mais complicado, porque tem muita gente e não consigo me concentrar o suficiente para divagações.

Entretanto, não obstante estar escrevendo com dificuldade, tenho lido bastante. E tenho um blog para indicar pra vocês, um super legal:



Acho que já mencionei este blog há algum tempo, mas ele tem ficado cada vez melhor!

Nasceu de uma aposta entre amigos que se conheceram no Second Life, ambos cartunistas ou desenhistas, de diversas nacionalidades, tanto que o referido blog, sob a batuta de Talitha Lobato, é escrito em diversos idiomas. Muito legal!

Saquem o http://thatwasnotenough.blogspot.com/ , muito acima dessas imundícies metidinhas a engraçadas. Como este meu blog meu.

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Homens, mulheres e taxistas: uma reflexão.

Reflexão curta, que vai depender muito mais de vocês do que de mim, que apenas lançarei o questionamento:

Por que está tudo bem quando as garotas pegam táxi e sentam no banco de trás e quando homem pega um, tem que sentar no banco da frente?

Cat Power no meu toca discos.

Que ainda não tenho. Mas já achei o Jukebox no Mercado Livre.


Scarlet Johansen e Pete Yorn comandando o playlist de hoje

É só o que tem rolado aqui hoje. Muito bom, principalmente para iniciar os trabalhos. Três colegas entram de férias e o trabalho todo deles escoa na minha direção. Se eu já não faço o meu, imagina o deles.

Fiquem aí com essa menina e esse cara bonitos e talentosos.




e







sábado, janeiro 16, 2010

Programa Independentes do Brasil



Em alguns minutos entra no ar o programa mais ... alguma coisa que eu ainda não sei dizer... mas que é bem legal.

A partir de hoje, passo a fazer parte da equipe do Independentes do Brasil. Não sei bem ainda o que isso significa, mas vamo lá, que os caras são bem legais.

Inclusive, estou aqui na casa do Andrey, e com o Raul, cabeças da parada.

Daqui a pouco o programa entra no ar no site do Independentes do Brasil, a partir das 18h. Só entrar aí pra ouvir.

Na programação de hoje, segundo o Raul aqui: Superguidis, Stereoscope, Turbo, Johnny Suxxx & the Fucking Boys, além da minha estréia, haha, e de comentários sobre um monte de coisas legais.

Fiquem ligados!

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Rapidinha com Didi #10

Putzgrila tem alguma coisa a ver com Godzila? Não entendo essa expressão. Deve ser japonesa. Algo fundido entre "Putaquepariu" e "lá vem o Godzilla!"

Michael Jackson e o efeito Renato Russo.

Sabe? Povo só conhece quando o cara morre.

Versões Technobrega:



E tem mais uma muito boa de Beat It, mas não acho mais. Po, foi a primeira que vi há um tempão, pelo twitter. Eras, se alguém achar, me linka, por favor. Era muito superior às outras.

Ah... procurando pela versão paraense... adivinha quem eu achei?




Versão ULTRA bizarra de um axé doido:



(esta, via Katylene.com )

Das antigas: Didi X Vilson

Há muito tempo tive uma conversa transcendental no MSN com um sujeito chamado Vilson "Silver" (era assim que ele se dizia chamar). Segue a conversa:


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
Qual a sua Igreja?


Silver blue diz:
e a sua?


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
perguntei primeiro.


silver blue diz:
vc familia qual a religião a dela?
vc já é batizado?


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
você é virgem?


silver blue diz:
vc acredito no esperito santo?


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
você se limpa em pé ou sentado?


silver blue diz:
Deus te amo meu jovem


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
Acho que ele te ama também. mas eu só perguntei qual era a tua Igreja.
(...)


silver blue diz:
me explica 1 coisa da sua parte se vc é da igreja por ainda toca rock?


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
porque toco para jesus.


silver blue diz:
qual religião da sua familia
vc participa de celula


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
tenho muitas.


silver blue diz:
qual é do nome da sua?

cara vou orar por vc

Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
não dou nomes minhas pras células. daria muito trabalho.
poxa, obrigado.
posso orar por você também?


silver blue diz:
essa palavras ñ veêm de vc
e sim do maligno
meu jovem deus te abenço-e


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
que ele abençoe a todos nós.
espero que você encontre a luz. porque nela você terá a força para seguir.


silver blue diz:
ame´m pra sua salvação


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
amém.

para a sua salvação também.

silver blue diz:
mesiricordia senhor por esse jovem q ainda tá no mundo
e brinca com teu nome senhor


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
misericórdia ele tenha de ti também.


silver blue diz:
ñ seu derrotado,tá amarrado isso


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
meu amigo, você não tem poderes pra amarrar nada. só Jesus pode fazer isso. você está inspirado como flâmula do maligno. e o meu Senhor não vai permitir você brincar com minha fé.


silver blue diz:
o meu tem autoriada por q ele é o amor e a justiça
deixa esse joevem em paz e nome de jesus cristo


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
não to entendendo. do que você ta falando?


silver blue diz:
vc ñ entendo o poder do Deus vivo


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
meu amigo, vou te jogar no mar e você vai ver o poder de uma água viva. 


silver blue diz:
agua viva pra mim é de jesus
Jesus é maior
meu jovem com ele sou vencedor
pra ajudar irmão perdidos


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
e eu? posso te ajudar?


silver blue diz:
com amor e a fé meu Deus q é maior


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
espero que jesus te ilumine


silver blue diz:
já sou mas falta vc
http://br.youtube.com/watch?v=nxhnTmPGet4


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
vc ta me dizendo que ja é iluminado por deus o suficiente e que ja ta salvo?!
E youtube é coisa do demo. eu nao vou ver isso.


silver blue diz:
ñ seja assim jesus te ama


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
vai dizer que youtube nao é coisa do demo?


silver blue diz:
jesus te ama
deixa ele te ser teu pai teu amor em vida com ele
vc tá morto no mundo


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
quem tem fé é imortal na glória de jesus

e mesmo eu estando morto, ainda como mais gente do que tu.

silver blue diz:
mas sem amor a deus


Diego apagando contatos com quem não tem mais contato. diz:
caralho, onde foi que tu nao entendeu que eu tenho amor a Deus?!
pelo menos nao tenho uma foto minha com uma cachaça ! cachaça é vício! é doença! é tristeza ! é coisa do tinhoso! (a foto dele no MSN era com uma garrafa de 51)


silver blue diz:
esse é foto do vilson morto
essa vida já ñ existe mais na gloria de Jesus
por eu o amo
isso é pra lembra q antes eu era 1 derrotado sem Jesus
agora tenho amor dele e vc?

quarta-feira, janeiro 13, 2010

Interpretando releases de bandas.

Vou falar só porque eu mesmo fazia releases assim antes. E não via o quanto era engraçado.

Diretamente de Caxias do Sul, a XXXX é composta de instrumentos dilacerantes, onde existe a união de um baixo pulsante, através de guitarras marcantes, passando por timbres de voz originais e uma bateria ensurdecedora.

Pois é, fiquei imaginando como deve ser uma banda ser composta por instrumentos dilacerantes. Não vou nem comentar esse uso errado do "onde" aí. E essa bateria ensurdecedora deve ser do tipo que ninguém quer ouvir.


Suas canções contam com uma estética nova em padrões musicais, vinculando-se a um gênero inovador, capaz de fugir aos estereótipos conhecidos, porém, soando natural e atual. A mixagem certa do Rock com o Pop, somada a elementos de vanguarda. Neste universo, as letras navegam em um oceano de temas pessoais e universais, sendo abordadas de forma poética e envolvente.

Ou seja, é Jota Quest ou algo assim.

A banda XXXXX detém uma verdadeira fábrica de versáteis canções; Em cada uma delas, o único critério adotado é de que sejam excelentes. Não existem músicas para preencher álbuns, e sim, tiros certeiros. No entanto, muito mais do que boas composições, a proposta é cativar seus ouvintes e conquistar novos fãs.

"o único critério adotado é que sejam excelentes" hahaha! Qual o problema com esses caralhos?

Cada show é tocado como se fosse o último e, em cada um destes, ocorrem verdadeiros momentos únicos, onde a performance explosiva dos concertos é aliada ao grande carisma dos componentes.

Boom!

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Um abraço!

Abraço pras pessoas que gostam de ler essas besteiras e que estão me ajudando a manter este blog. Tem sido uma ótima maneira de estravazar algumas coisas, principalmente as que eu não posso falar, porque ninguém vai ouvir.

Abraço especial pra Sammliz, pro Azul, pro Bernie, pro Eric e pros outros amigos e desconhecidos também que lêem essa doidice e sempre me dão um feedback bacana, empurrando este blog a quase 3 mil acessos em... sei lá, 4 ou 5 meses? Pode parecer pouco, mas pra mim é muitão.

Valeu.

Acho que 'tu és muito fofo, na boa" é o mais novo "valeu, seu assexuado de merda".

Já tem algum tempo que tenho me revoltado com as pessoas, em especial com as mulheres. O último bom motivo para eu me irritar foi ter lido esta matéria no site da revista feminina Cláudia. Dêem uma lida nisso, enquanto eu pulo para o próximo parágrafo.

Lembrei de uma vez, há mil anos, quando cortejei uma garota, escolhendo provavelmente as minhas melhores palavras, e ela me respondeu "tu és muito fofo, na boa". Caralho! Tem jeito de se sentir menos homem? Na língua dos animais, eu, que poderia ser um belo de um cavalo manga larga, tipo aqueles da Polícia Militar, me vi como um poodle tingido de cor-de-rosa.

Nunca fui lá muito bom com mulheres, provavelmente por ser tímido demais. Ou por ser gordo e calvo, além de feio. Ou talvez seja meu signo - canceriano que sou, tenho as típicas características zodiacais atribuídas aos nascidos em 4 de julho. Mas de vez em quando dou meus pulos. É só ver a garota que comigo está agora. Nem em 5 vidas um cara como eu teria tido chance com ela. E como consegui isso? Duvido que tenha algo a ver com ser fofo.

Garotas podem até gostar de homens fofos, mas não do jeito que esses viados gostariam que elas gostassem. Conheço um sem número de casos em que caras legais sempre ficam na mão, não comem ninguém e ainda ouvem o clássico "gosto de você, mas não rola", que quer dizer "você até que é legal, mas não me dá atração". Duvido que haja algo mais doloroso para um homem do que saber que não é capaz de provocar atração em uma garota.

Tem também o conhecido - e insuportável - caso das garotas-fogo-de-palha. Rola muito com um amigo meu, que até se encaixa no caso dos "garotos fofos", apesar de nem ser fofo - é bastante egoísta, na verdade. Elas ficam cercando o garoto, sassaricando ao seu redor, talvez por saber que ele nada fará. Comentários do tipo "Ah, isso lá em casa..." em fotos de orkut. Tudo papo furado, porque se ele tomasse alguma iniciativa, elas iam dar pra trás. No pior dos sentidos. Digo, fogo de palha. Nada rolaria. Mulheres não gostam de caras fofos.

Não digo que prefiram os brutos, mas é certo que querem homens de verdade e não arremedos de uma mix entre personalidade masculina e feminina. Não que eu esteja dizendo que todos os caras deveriam ser másculos e com aquela grosseria inata ao homem de verdade, até porque a concorrência aumentaria - e não tem nada pior do que essa batalha darwinista para caras sem poucos recursos naturais ou financeiros como eu.

O ponto aqui é acabar de vez com esse papo furado sobre mulheres sequer notarem caras fofos. Eles podem até ser seu melhor amigo, mas deixe-os logo saber que eles nunca te comerão.

Ou, como encerraria um texto que li sobre este tema: mais vale um bruto na sua cama do que dois fofos dormindo juntos?

domingo, janeiro 10, 2010

Um novo espaço pro Rock feito em Belém?

Já ouvi diversas pessoas falando muito mal do Caverna Clube. Realmente está longe de ser um lugar bonito. É quente pra caramba e acaba com qualquer tipo de bom cheiro que possa vir de você. Lembra os tempos em que se podia fumar no Café com Arte, ou como ainda deve ser no Amnésia.

Minha namorada - quem eu batalhei para conseguir uma chance exatamente nestes dois últimos lugares - disse ontem, na volta do show do Stereoscope, Ataque Fantasma e Turbo, que um amigo havia comentado que não tinha mais idade para ir a certos lugares. Ela também não gosta de lá. Um monte de gente não gosta. Mas vou falar bem do local. Segue.

Caverna Clube, talvez sem querer, tenha herdado de pai desconhecido ( talvez o Café Taverna ) um aspecto totalmente 'rata' - de rataria, como diria João Sincera - prometendo ser o mais novo bom lugar pra se fazer rock sem frescura. É, sem frescura mesmo, sem papo de garotas que não suam ou de caras que não andam de bonde.

Calor, aquela bréa doida, fumaça de cigarro... ontem não estava lotado, assim como na prévia do Grito Rock, mas deu um certo público em ambas as festas. Fiquei imaginando aquilo cheio. Deve ficar entre o perigo  de quase morte - principalmente se houver um incêndio ou um ataque de zumbis devoradores de cérebro - e o sucesso das antigas festas super lotadas pra gente que só quer se divertir, ficar porre, passar a mão na bunda de garotas bonitas e bêbadas. A segunda hipótese me parece bem legal.

Se tem uma coisa que me deixou admirado em Goiânia, foi a vontade de se fazer shows bons, onde quer que fosse. Então, por que não investir no Caverna Clube? Tem uma boa área, fica em um local de fácil acesso, a cerveja não é cara, o palco é ruim, mas não é dos piores. Contratando-se um som legal ( como o que rolou na festa do Ataque Fantasma ontem, por exemplo ), já é metade do sucesso garantido.

Claro que o espaço não faz o perfil de muita gente, até porque aqui em Belém nós temos uma cultura de querer shows em espaços de luxo, o que não é condenável até. Eu mesmo não fumo e detesto cheiro de cigarro, mas, como sujeito que gosta de música independente e de ver bandas tocando, até que não tenho muito o que reclamar do Caverna. Acho legal ver shows raçudos, numa vibe (ó eu usando expressão de boy)  bem garagem mesmo, independente, que lembre os bons tempos em que música se fazia com músicos que gostavam de música e não com um bando de gente que sequer sabe o que é sentir o prazer que há nisso tudo.

Ainda vou descobrir uma galeria de esgoto abandonada pra transformar num inferninho e tocar de graça.

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Tem show amanhã, sexta, com o Aeroplano no Caverna Clube


Aeroplano nesta sexta na Prévia do Grito Rock

Sexta, 8 de janeiro, rola a primeira das quatro prévias do Grito Rock, com Aeroplano, Paris Rock, Paralelo XI e Vinil Laranja, no Caverna Clube.

Participar da discussão é o papo.

É certo que eu gosto mais de escrever do que de falar porque aqui ninguém pode me interromper, mas digo logo que fico MUITO feliz quando alguém comenta, discorda, opina e até sinto falta de alguém me brigando, pra ser sincero, aqui no PpD.

No post último, Marcelo Papel, do Coletivo Durango, disse palavras certeiras que eu ainda sequer tinha parado pra pensar. Vou é colar o coment dele na íntegra.




"Marcelo M Lopes disse...


Seu Didi,

deixe o carnaval, no seu devido lugar. Ele é legal, como o tal do rock'n'roll. É cultura também, divertido, até mais original, que próprio riff de guitarras distorcidas.Bem, mas não vou falar desse ponto.
Interessante o Grito do Rock.É democrático e cheio de possibilidades. A oportunidade de bandas fora do eixo batista campos-nazaré-umarizal ou sei lá. Aquela banda, que não nasceu de uma turma de amigos ou colégio comum da galera, mostra também sua cara e suas composições. Retira um pouco a idéia, que a galera é metida, não curte a rockada de Ananindeua. E meio engano, por que a molecada do centro tem acesso aos melhores contatos e já trocaram informações importante com outro cantos. Blz, mas o GR tenta diminuir a desigualdade e esse darwinismo social do rock. Seria ainda mais interessante, uma produção unida também, mas sou sonhador. Tantos "coletivos" pq não realizar um "evento comum".Essa pergunta veio povoar minha mente. É uma troca, interessante, por que alguns grupo tem um nível de organização, planejamento, divulgação, que outros estão apreendendo também.Eu não vou jogar pedra na Genir, quero o sucesso. Você deve ter conversado muito com produtor de GY e percebeu, que também é importante forma público, como também conhecer muito mesmo o seu público, seu nicho de trabalho. "

Quer dizer... se eu realmente entendi o que ele quis dizer, foi bem legal. Eu achei. Vocês não? 

quarta-feira, janeiro 06, 2010

Rock Pará, o blog do Sidney Filho

Fui entrevistado no blog do Sidney Filho, o Rock Pará.

Um doce pra quem conseguir ler até o final.

Valeu pela força, Sid.

terça-feira, janeiro 05, 2010

Besteiras que eram pra ser sobre Prévias do Grito Rock e acabei me perdendo.

Vou falar um pouco sobre o Grito, antes das prévias. É até engraçado.

Minhas informações são bem ruins. Só sei que o Grito Rock é realizado há 5 anos ( há 4 aqui nesta cidade, via Se Rasgum), nascendo como uma alternativa - ou um contraponto - à cultura carnavalesca bizarra que nos é empurrada goela abaixo há uns muitos anos, desde antes de o roque sequer... existir? Será? Nem sei.

Talvez o GR seja a manifestação mais evidente do bom funcionamento das redes integradas entre os pontos Fora do Eixo no Brasil e na América Latina. A propósito, oportunamente linko aqui o site Toque no Brasil, a mais nova ferramenta para bandas que querem tocar em outros estados poderem ser mapeadas, cadastradas e selecionadas. Dá uma zapeada por lá e vê se te interessa. E segue o programa no twitter. Só pra constar, você que tem uma banda como um trabalho sério e não tem twitter, quero dizer que você é uma gazela despreparada. Só isso.

As Prévias. Ouvi dizer que este neste ano a Se Rasgum terá uma parceria com o Coletivo Megafônica, representante do Circuito Fora do Eixo no Pará, para a produção do evento principal, o Grito Rock 2010, em Belém - o Coletivo Megafônica realizará também o evento em Tucuruí e em Abaetetuba. Ocorre que, visando possibilitar a participação de uma quantidade maior de bandas, os megafônicos lançaram mão das prévias para o GR.

Serão 4 prévias em 4 fins de semana que antecedem o carnaval. Daí que, se não me falham os informantes, rola uma votação entre estas 16 bandas, digo, não que elas votem entre si, mas que as pessoas de fora votam deste universo de 16 bandas. Daí que 2 ( ou 1, nem sei, tanto faz) serão (ou será) escolhidas (escolhida...) para participar da grande noite do Grito Rock 2010. Até perdi a conta da quantidade de vezes que eu disse "Grito Rock 2010".

Muito bom, Megafônica! Bem legal a cidade ter outras frentes de produção cultural. Isso sim me lembra bastante a idéia de abrir portas para bandas menos próximas deste núcleo. Tem muita gente que se sente "fora da panela" - tem até um coletivo/associação com esse nome. Aliás, tem coletivo pra tudo hoje. Tô pra fazer meu próprio coletivo, "coletivo do Didi". O bom é que entro só eu e pronto. Quer panela maior do que essa?

Tá, avacalhei totalmente este post. Juro por Deus que no próximo faço um release decente pro evento, porque ele merece. Boa pra caramba a iniciativa dos meninos megafônicos.

segunda-feira, janeiro 04, 2010

Ataque Fantasma, Turbo e Stereoscope abrindo 2010 neste sábado.

Este 9 de janeiro pode até não ser o primeiro fim de semana de 2010, mas até é como se o fosse, já que o anterior foi imprensado pela virada do ano. Daí que dá pra eu começar o texto dizendo assim: abrindo os trabalhos e quebrando a seqüência de feriados que coagulam uma preguiça infinita nos nossos corpos em mentes, o CoisaPOP (ainda não tenho bem certeza do que seja isso, além de um blog que não me parece ter lá muito a ver com a festa, mas... ) apresenta três das mais significativas bandas do Pará, Ataque Fantasma, Turbo e Stereoscope, no Caverna Clube, antigo Liverpool.



É até complicado escrever sobre as três bandas e deixar o lado pessoal de fora. Stereoscope provavelmente é a minha banda preferida daqui de Belém. Jack, Maradei e Marcelo, compositores da banda, conseguem ser geniais sem fazer - ou parecer que fazem - esforço algum. Sempre digo que é o maior exemplo do quase impossível sucesso da música pela música.




A maioria das canções são dignas se tornarem hinos de jovens adultos, que vêem todos os dias se repetirem numa falta de vontade completa de existir, mesmo sabendo que há algo errado e que precisa ser mudado. Que fazer, senão se lambuzar na ironia e na boa escolha das palavras para rir e ter um pouco de esperança? Não sei. Falar sobre uma banda que não se gosta tanto é fácil demais, porque ela não depende do que o som dela reflete em ti, mas simplesmente do que ela emite.

No caso do Stereoscope, tenho um problema: me vejo no som dos caras. Por isso, deixo com vocês o texto que Beto Só, genial compositor de Brasília, escreveu sobre a , talvez não maior, mas a mais inteligente banda que este estado já teve. Seja lá o que signifique isto.

Clica aqui e lê o que o grande Beto falou com palavras irretocáveis.



Falando em grandes compositores, Elder Effe é um dos mais interessantes da música paraense. Até jingle de emissora de rádio o cara faz bem que só. Elder também é conhecido por viver intensamente o espírito roqueiro, que muitos - eu, inclusive - já nem fazem mais tanta questão de viver de forma tão aguerrida.



À frente do Ataque Fantasma, Elder desfila uma série de hits instantâneos e de melodias que grudam na hora, como se vê no vídeo acima, Central, do BELROCK, festival que rolou em 2007 e que todos torcemos para que torne a se realizar. É um acúmulo de canções que se tem nos dois discos já lançados, Zero e Chroma - que você baixa aqui, no blog do Azul , o maior compêndio de música paraense na Internet. Além do Elder, Pablo, Natanael e mais um batera que não se sabe o nome formam o quarteto.

Aproveitando o gancho sobre postura rock, tenho que dizer: o mundo - ou pelo menos o nosso mundinho - se divide em dois grupos: 1) os que viram Camillo Royale do Turbo em ação no palco e 2) os que não viram Camillo Royale em ação no palco. É quase como estar morto e estar vivo, não há meio termo.

Ele, que fez parte da lendária Eletrola, que trouxe Autoramas e MQN pela primeira vez em Belém, que já tocou com The Feitos, que já tocou com Daniel Beleza e os Corações em Fúria, que já toco com Superguidis, que é amigo de tudo que é banda de todos os lugares do Brasil, o guitarrista mais fotogênico do norte do hemisfério sul, primo distante de Nick Royale, a própria agonia em pessoa, gente fina pacas, o campeão em fazer hits losers fofos e com distorção oitavada e harmônicos a lá Zach Wylde... bom, chega. Imagens, me dá imagens!





E aqui o vídeo que vai passar na MTV ainda este mês! Sei nem se pode colar isso.


Turbo Rock - "Garoto 90" from Casulo TV on Vimeo.



Não, sério. 10 contos. Pelas três bandas que eu mais gosto desta cidade? Claro que eu vou. Espero pelo menos entrar de graça com essa abanada de carvão.

Grande abraço.