segunda-feira, janeiro 04, 2010

Ataque Fantasma, Turbo e Stereoscope abrindo 2010 neste sábado.

Este 9 de janeiro pode até não ser o primeiro fim de semana de 2010, mas até é como se o fosse, já que o anterior foi imprensado pela virada do ano. Daí que dá pra eu começar o texto dizendo assim: abrindo os trabalhos e quebrando a seqüência de feriados que coagulam uma preguiça infinita nos nossos corpos em mentes, o CoisaPOP (ainda não tenho bem certeza do que seja isso, além de um blog que não me parece ter lá muito a ver com a festa, mas... ) apresenta três das mais significativas bandas do Pará, Ataque Fantasma, Turbo e Stereoscope, no Caverna Clube, antigo Liverpool.



É até complicado escrever sobre as três bandas e deixar o lado pessoal de fora. Stereoscope provavelmente é a minha banda preferida daqui de Belém. Jack, Maradei e Marcelo, compositores da banda, conseguem ser geniais sem fazer - ou parecer que fazem - esforço algum. Sempre digo que é o maior exemplo do quase impossível sucesso da música pela música.




A maioria das canções são dignas se tornarem hinos de jovens adultos, que vêem todos os dias se repetirem numa falta de vontade completa de existir, mesmo sabendo que há algo errado e que precisa ser mudado. Que fazer, senão se lambuzar na ironia e na boa escolha das palavras para rir e ter um pouco de esperança? Não sei. Falar sobre uma banda que não se gosta tanto é fácil demais, porque ela não depende do que o som dela reflete em ti, mas simplesmente do que ela emite.

No caso do Stereoscope, tenho um problema: me vejo no som dos caras. Por isso, deixo com vocês o texto que Beto Só, genial compositor de Brasília, escreveu sobre a , talvez não maior, mas a mais inteligente banda que este estado já teve. Seja lá o que signifique isto.

Clica aqui e lê o que o grande Beto falou com palavras irretocáveis.



Falando em grandes compositores, Elder Effe é um dos mais interessantes da música paraense. Até jingle de emissora de rádio o cara faz bem que só. Elder também é conhecido por viver intensamente o espírito roqueiro, que muitos - eu, inclusive - já nem fazem mais tanta questão de viver de forma tão aguerrida.



À frente do Ataque Fantasma, Elder desfila uma série de hits instantâneos e de melodias que grudam na hora, como se vê no vídeo acima, Central, do BELROCK, festival que rolou em 2007 e que todos torcemos para que torne a se realizar. É um acúmulo de canções que se tem nos dois discos já lançados, Zero e Chroma - que você baixa aqui, no blog do Azul , o maior compêndio de música paraense na Internet. Além do Elder, Pablo, Natanael e mais um batera que não se sabe o nome formam o quarteto.

Aproveitando o gancho sobre postura rock, tenho que dizer: o mundo - ou pelo menos o nosso mundinho - se divide em dois grupos: 1) os que viram Camillo Royale do Turbo em ação no palco e 2) os que não viram Camillo Royale em ação no palco. É quase como estar morto e estar vivo, não há meio termo.

Ele, que fez parte da lendária Eletrola, que trouxe Autoramas e MQN pela primeira vez em Belém, que já tocou com The Feitos, que já tocou com Daniel Beleza e os Corações em Fúria, que já toco com Superguidis, que é amigo de tudo que é banda de todos os lugares do Brasil, o guitarrista mais fotogênico do norte do hemisfério sul, primo distante de Nick Royale, a própria agonia em pessoa, gente fina pacas, o campeão em fazer hits losers fofos e com distorção oitavada e harmônicos a lá Zach Wylde... bom, chega. Imagens, me dá imagens!





E aqui o vídeo que vai passar na MTV ainda este mês! Sei nem se pode colar isso.


Turbo Rock - "Garoto 90" from Casulo TV on Vimeo.



Não, sério. 10 contos. Pelas três bandas que eu mais gosto desta cidade? Claro que eu vou. Espero pelo menos entrar de graça com essa abanada de carvão.

Grande abraço.

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