Muito por acaso acabei indo à festa do Casarão Floresta Cultural, realizada no Café com Arte, nesta última quinta. Decisão em cima da hora, muito mais por conta da presença inusitada de um amigo que mora distante - e digo bem longe, na fronteira com o Maranhão - do que pelo lugar ou pelas atrações.
Conversávamos sobre vegetarianismo, os efeitos do plantio massivo de soja, desmatamento, os impactos na economia no caso da opção de uma produção familiar, subvertendo os valores num aspecto macro da demanda mundial de vegetais, de acordo com a substituição da produção em larga escala por propostas menos... enfim, essas conversas de quem não tem o mínimo conteúdo. Eu normalmente detesto isso, peço licença pra forçar o vômito no banheiro e não volto mais, apesar de dizer " já volto". Só que esse papo de ontem foi bem engraçado. Quando as frases começam a trocar vocativos como "amigo, não é assim" ou "cara, presta atenção" por "filho da puta doido burro do caralho, é assim...". Muito bom!
Nem íamos entrar, mas já estávamos lá na frente e no anúncio de que Pio Lobato tocaria, não pestanejei e de pronto disse "vamo!". Aqui um parêntese: gosto muito de futebol, mas não jogo mais. Dito isso, poderei falar que me espanta a quantidade de garotas bonitas que ainda freqüentam o Café, principalmente em festas não-rock. Não que nas de rock não haja. Há, mas é em um nível diferente. Até revi uma guria que há mil anos - e não mais - mexia comigo de um jeito bastante especial. Mas é até engraçado. Ver tantos lances bonitos num bom jogo de futebol e sequer ter vontade de estar no banco pro caso de o técnico precisar de você. Acho que é da idade. Ou o bigode, a calvície e a barriga.
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Na seqüência, dei uma escapada da roda de conversa sobre Tv, rádio, música, dinheiro, mulheres, cigarro e ainda a história do vegetarianismo, apesar até de ter ter gostado dessa segunda roda de conversa, em que estavam Jacob ( Rennegados ), Amadeu (ProeFx), Saul (Vinil Laranja), além dos amigos com quem eu tinha ido, Maca, Fifo e Chico, meu irmão, que queria porque queria se abicorar. Mas isso é pra outra conversa. Ainda esbarrei com Damaso (Se Rasgum), a vistosa Bahrbara e sua fiel escudeira Adele (Megafônica), Renato Reis - o fotógrafo das celebridades do underground paraense e brasileiro, por que não? - além de outras pessoas que não me recordo.
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Ainda chegou a rolar o JunggleBand, de Léo Chermont, mas o sono era tanto que nem consegui dar a devida atenção a um dos guitarristas mais interessantes daqui. Não me entendam mal, mas eu gostava mais das guitarras dele no Ataque Fantasma do que as do super Natanael, que toca muito, como ninguém que eu já tenha conhecido, mas é aquilo lá que ele faz, o mesmo que no Johny Rockstar.
Depois até fiquei enrolando com uma latinha na mão, fingindo que bebia, pra parecer que era um cara legal, compensando o fato de eu não conseguir fingir que fumo. Sei que cheguei em casa 3 e 20 e fui dormir umas 4, sendo acordado às 6 pelo meu irmão e pelo Macarrão, dois filhos da puta. Levantei às 7 para ir trabalhar. Por sorte, o expediente foi tranquilo e deu pra eu me esconder numa sala e tirar um cochilo de meia hora sem ninguém perceber.
A noite foi divertida. Tinha até me desacostumado a sair só com amigos, só pra conversar besteira. Estava precisando, pra relaxar.
Égua da Odisséia em vizinho? hehe
ResponderExcluirAbraço rapa...
Milton
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQue bom que você gostou do Juca Culatra e o Power Trio, meu irmão é o guitarrista da banda e posso te dizer, sem corujice (na verdade, talvez um pouquinho), que faz parte de um dos melhores sons de bandas independentes de Belém. Ganharam em primeiro lugar no Festival Se Rasgum e, espero, ainda terão muito o que crescer. Sem contar que as festas do Casarão são uma opção muito boa de programação às quintas. Eu perco pouquissimas.
ResponderExcluirGostei das análises e do post.
Vou acompanhar.
bjs
iana.