segunda-feira, setembro 14, 2009

E o show, como foi?

Na sexta última, 11 de setembro, o mais novo sexta feira 13 mundial, tive a oportunidade de presenciar o show da Inversa, banda emergente no cenário independente paraense, em um evento da Durango95, produtora que parece ter largado de mão o cover e apostado no autoral, prometendo, inclusive, pelo menos pra mim, na calada da noite, trazer uma banda legal do RS. Espero que não seja segredo. Falei. Também toquei neste evento, com o Aeroplano.

Gostaria de ressaltar aqui que os guris do Durango foram bastante dedicados e gentis. Marcelo, Daniel e Lucas, que foram os que eu conheci e tive oportunidade de trocar algumas palavras, preocupam-se bastante com a feitura do evento. Parabéns pra eles. Torço para que consigam chegar seja lá onde for que querem.

Tocar no Café com Arte é aquela coisa, né. Se você tiver sorte e o público gostar da sua banda, pode ter certeza de que será bem divertido. Confesso que sexta feira lembrou um pouco os tempos de inferninho de lá, em que qualquer som, qualquer um tocando, era um bom motivo pra se divertir. Mesmo que aquele bololô de médios e graves te deixe doido dentro do palco, pra que alguém, depois do show, venha te consolar e diga "po, mas dava pra ouvir tudinho, tava bom o som". Eu sei, pra mim nunca está.

Aproveitei a espera do meu próprio show para ouvir com carinho a Inversa, do Renan, ex-Evil, e do Rodrigo, (ex? Dizem que não acabou, mas nunca mais vi tocar por aí...) Avens.


Competência é o que não falta ao quarteto. Renan é o tipo cara bonito que canta bastante bem, tem uma postura escolástica de palco, parece até que o menino fez curso pra isso. A cozinha da banda é bastante bem feita. Não lembro de ter observado algum arranjo que tenha achado ruim, exagerado ou bobo, sustentando todo o bom andamento da banda, que se palta principalmente nos riffs muito fortes e criativos de Rodrigo. Há quem o considere o melhor guitarrista de Belém. Que bom que voltou a tocar mais frequentemente, então.



Tem uma coisa específica sobre a guitarra que o Rodrigo faz que eu acho bastante peculiar. Os riffs são bem poderosos mesmo, lembrando bastante as melhores coisas que Tom Morello fazia no Rage Against The Machine e algo de Wolfmother, que, inclusive, fez parte do setlist da sexta feira em questão. Muito bem executado por sinal.

Há coisas que melhorarão bastante com o tempo, como essa adequação ao idioma nacional na feitura das letras e talvez tentar usar arranjos mais melodiosos pra voz, valorizando o bom vocalista que eles têm.

Sobre o Aeroplano, sinceramente, eu nem consigo mais saber do que se trata. Vi com nitidez essa mudança de quando a banda não tinha público e hoje tem muita gente que canta músicas que nem eu mesmo sei a letra direito. Confesso que ainda falta muita coisa, e sempre faltará pra nos satisfazer, mas, mesmo que a gente se olhe e saiba que não está como era pra ser dentro do palco e que o tesão de tocar às vezes pareça que vai diminuindo, definitivamente ainda é muito bom eu ter feito as escolhas que me trouxeram até aqui.



Ad Astra et Ultra , já diziam os magistas. Sim, porque teve um tempo que eu tentei ser mago e li alguns livros sobre essas coisas. Haha.



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Fotos de Wagner Meire, do Flikr da Durango95 .

Um comentário:

  1. Aposto que foi maravilhoso como todos os shows do Aero tem sido nos últimos tempos. Pena que fiquei doente e não pude ir.

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