Estilão calça rasgada, cabelo seboso, guitarras adesivadas, chorus pra baladas, drive e strato comandando nos riffs muito do seu kurt Cobain, o Aneurysma cumpre à regra o protocolo grunge, incluindo destruição no palco e noise à beça. Bati um papo com o Neto, o batera gente boa, que conta pra gente como faz pra ser tão virado e tocar tanto, mesmo vindo de um lugar tão distante do centro político-econômico da região norte.
PPD: O Aneurysma é a banda mais relevante do sul do pará que se tem notícia. Que outras, em outras cidades, fora de Tucuruí , que vcs conheceram?
Neto: Ah, muito obrigado pelo reconhecimento. Então, a gente já rodou algumas cidades do Pará. Na verdade, foram 6 cidades. Existem muitas bandas e grandes pessoas querendo mostrar seu trabalho, como organizações e produtoras, mas essas "cenas" ainda estão aprendendo a fazer musical autoral e trabalhar em cima disso. Destacamos bastante a cidade de Marabá, que tem um cenário fortissimo e bandas autorais e
a banda Teatro de Quimera, que é muito legal. Em Capanema, que foi um show bem massa, tem a galera da Tarja Preta que tá fazendo um som autoral muito massa e em breve estarão lançando um EP, mas a galera ainda está colocando na cabeça que musica autoral é fundamental para se começar uma carreira. Desculpa falo demais. (risos).
PPD: Como foi enviar a mensagem do trabalho de vcs e ver ela chegar até a capital?
Neto: Égua, foi muito trabalhoso. Nada foi fácil pra gente. Já começou ruim, porque é rock e aqui em Tucuruí, fica muito complicado de se trabalhar e divulgar, por falta de espaços e tal, mas agente usou a Internet pra se influenciar e vimos que hoje em dia existe uma cena. Era uma coisa que poderia dar certo, aí agente começou a fazer contatos em diversos locais. Em Belém conseguimos o contato do Sandro-K, que foi nosso principal incentivador. Nos abriu espaço pra tocar em Belém com um show massa de bandas de fora e um local massa que é o Afrikan Bar. Ele confiou na gente e apostou sem mesmo conhecer o som. Ainda bem, né, porque deu certo. A partir daí, fizemos vários contatos e amizades em Belém.
Neto: Na verdade, a banda foi montada acidentalmente, porque eu tinha uma banda chamada Titanium e estavámos sem vocalista. Daí, então, me apresentaram o Márcio que é o nosso guitarra e voz. Ele era pra ser o vocal, mas acabou que foi uma coisa acima do normal. O Márcio ouvia e gostava de tudo que eu gostava, e eu tava cheio de banda de pop. Daí montamos um cover do nirvana. O baixista, Marcelo, é irnão do Márcio. De Outubro de 2006, até metade de 2007 ficamos tocando nirvana e outras bandas que nos influenciam até hoje. No 2° semestre de 2007 começamos a fazer musicas e tocar em algumas cidades do Pará. Em 2008 agente se virou como "ninjas" e gravamos nosso EP "Do Fundo de Nossas Cabeças", e lançamos no final de 2008 pelo selo "Ná music", outra grande vitória nossa. uhuuu!
PPD: Que shows já fizeram aqui em Belém? E participaram de festivais em outras cidades, com bandas de renome?
Neto: Apesar de pouco tempo, a gente deu uma rodada por algumas cidades. Tocamos em Altamira-Galpão do Rock, Cametá, Capanema-III Arte Indepedente, Marabá-Festival Conectados, Breu Branco, tocamos em Belém com as bandas Atrigget to Forget e My Fair Lady - ambas de Fortaleza, fizemos o Balanço do Rock, e também o Grito Rock Macapá/Santana, Almeirim no Skol Rock Festival e Dom Pedro no Maranhão, onde fizemos nossa 2ª cidade fora do Pará. Essas foram as principais.
PPD: O que o Aneurysma quer?
Neto: Cara, tanta coisa... mas agente pretende tocar no maior numero de cidades e para públicos grandes também. Queremos mostrar nosso trabalho e gravar um CD completo, além de participar dos Festivais Indepedentes, que é o nosso sonho, começando pelo Se Rasgum. É tão legal você ver que a música independente está crescendo cada vez mais. Não queremos nunca parar e nem desistir de conquistar esses objetivos como pessoas e como banda.
Bacana a entrevista vizinho...o Neto é mó gente fina.
ResponderExcluirAbraço...
Milton