Enquanto escrevo, ouço uma tal de Pomplamoose, que recomendo fortemente a qualquer um que termine a noite sozinho, como estou agora. - Rapidinho... acho que é Pomp - Lamoose que fala. É? Ouçam enquanto rola o texto.
Se a vida fosse uma sorveteria, cada um de nós teria um tipo de sorvete como favorito para ter consigo. Parece até muito simples, pode até ser divertido, mas, imagina, dar preferência absoluta àquele sabor em detrimento de todos os outros... e, a priori, pra sempre! Não sei não. Soa muito cruel aos meus ouvidos. Como se o destino te oferecesse um sem número de fios de lã pra seguir em diferentes direções e você cortasse todos, deixando apenas um, que só vai te levar a um único lugar.
Se a vida fosse uma sorveteria, o sorveteiro seria Deus. Você seria sincero com Ele e consigo mesmo toda vez que pedisse o mesmo sabor, sempre e sempre. Agora, imagina que o seu preferido seja milho verde, o ama e é apaixonado por ele, mas que você tem uma baita vontade de chupar um de tapioca. O que acontece? Ainda assim você fica com o de milho verde.
O tempo passa e a vontade de meter o linguão no de tapioca só faz crescer, como se ela se acumulasse no seu espírito ao longo dos dias, meses, anos a fio, de um modo que não dê mais para esconder. De repente, você já não tem mais só a vontade definida e restrita de provar o de tapioca, como outrora; agora não controla os anseios por cair de boca em qualquer outro sabor que esteja disponível, que não seja o de milho verde. Por quê?
Acontece aí uma sobreposição de efeitos reversos de causa e conseqüência que se refletem na certeza absoluta de que nada vai mudar até o fim dos seus tempos aqui neste planeta. Ou seja, quando você ignora o seu desejo pelo sorvete de tapioca, que não é o seu preferido, e que você não vai trocar pelo preferido, digo, o preferido sempre será o milho verde, porque você AMA milho verde, a vontade crescerá diante desta represa, até que transborde e procure uma vazão para todo aquele sentimento, que antes era honesto, sincero, tranqüilo, sereno, saudável e verdadeiro, uma vontade de provar e de conhecer, transformando-se num rompante de emoções capengas, confusas, mal definidas, agressivas, deselegantes, degradantes e doentias, e que, no fim, acabam deixando você, meu caro amigo, sem sorvete nenhum.
É foda!
ih rapa..essa história de "vida ser um sorvete", soa um tanto indecente! hahahahahaha
ResponderExcluirp.s: coisas de qm tem mente poluída! hahahahahaha
Cara, por isso q o lance é provar todos os sabores antes de entrar de cabeça(sugestivo isso né? hehehe) no seu sabor favorito.
ResponderExcluirAbraço vizinho...
Milton