segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Grito Rock América do Sul - aspectos gerais...

... que de tão gerais quase chegam a ser genéricos.


Dadá Maravilha dizia que não existe gol feio, que feio mesmo é não fazer gol. Pelo que entendo, mas posso estar vendo errado, é mais ou menos com este regulamento que o Grito Rock ao redor do país está jogando em baixo do braço.

Pelo menos foi assim em Abaetetuba-PA e suponho que na maioria dos GR's mais afastados das capitais esteja sendo. Mesmo em Belém-PA, apresentado em um local imenso e com ingressos a um preço acima do que se esperava, além da fraquíssima divulgação, tivemos um evento com pouco público e notável desorganização, segundo me foi reportado nos detalhes da trama, o que não comprometeu os grandes shows que se realizaram nesta ocasião, com bandas de Brasília, Macapá, Roraima e locais.

É claro que isso de pouco público não tira nada do grande mérito da rede de articulações do Fora do Eixo e de seu representante no Pará, o Coletivo Megafônica. Retomando o que Dadá dizia e que parafraseei no começo do texto, feio mesmo é não fazer nada. E eles estão fazendo muito.

Entendo que o GR não é a colheita, mas o plantio. As teias de articulação dos coletivos se expandem, fincando bandeiras território a dentro, computando marcos, colecionando números, história e experiência.

Este ano mais de 600 bandas rodaram dentro do circuito gerado no GR. São números absurdos, como, por exemplo, 70 cidades realizando o evento no Brasil, fora Argentina, Peru e Bolívia. É muito difícil conseguir visualizar como pode ao mesmo tempo acontecer tanta coisa no país inteiro. Mas está rolando, veja só: entre as regiões com o maior número de shows encontram-se o sudeste com 208; seguido pelo centro oeste, com 157; norte, com 105; nordeste com 99; e sul, com 74.

Se em 2010 tivemos toda essa revolução dos números, da informação just in time, do hotsite toquenobrasil.com.br, que possibilitou o cadastro das bandas para seleção dos GR's em todo o território nacional, o que podemos esperar para 2011

Os mais chatos dirão que querem mais qualidade e menos propaganda. Os mais legais dirão que é isso aí, estamos na caminhada, um pé na frente do outro, construindo uma realidade que há pouco tempo não se imaginava. Eu? Chatos legais, como eu, só podem aplaudir e lembrar que para existir e se consolidar, um movimento cultural tem que ser, parecer e aparecer. E que aos trancos e barrancos a coisa está vindo pra ficar. É bola na rede que ganha o jogo. Não é, Dadá?


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